Jornal fez anúncio após rede social retirar selo verificado da publicação. Desde o último sábado, benefício tem sido retirado de perfis famosos que não toparem ser cobrados por isso. A conta no Twitter do jornal “The New York Times”, já sem o selo de verificação, em 2 de abril de 2023.
Reprodução/ Twitter
O jornal norte-americano “The New York Times” anunciou neste domingo (2) que não pagará a taxa mensal estabelecida pelo Twitter para obter o status de conta verificada na rede social.
A rede social comandada pelo bilionário prometeu remover o selo azul neste sábado (1) de quem havia ganhado da plataforma antes de Musk assumir. Com isso, apenas assinantes do Twitter Blue teriam o emblema. Mas essa alteração não ocorreu.
Neste domingo (2), usuários notaram uma nova mensagem ao clicar no verificado: “Essa conta é verificada porque está inscrita no Twitter Blue ou é uma conta verificada herdada”, diz.
Para empresas, nos Estados Unidos, a cobrança é de US$ 1.000 mensais pelo selo, que é dourado, e não azul, que passa a ser restrito a perfis pessoais. Musk também já disse que, a partir de abril, o Twitter só vai recomendar perfis verificados.
O anúncio sobre a decisão do “The New York Times” foi feito por um porta-voz da publicação à agência de notícias Reuters horas depois de o jornal perder o selo verificado na plataforma.
“Também não reembolsaremos os repórteres do Twitter Blue para contas pessoais, exceto em casos raros em que esse status seja essencial para fins de denúncia”, acrescentou o porta-voz.
Musk reagiu, em seu perfil no Twitter, horas depois: “A tragédia real do @nytimes é que nem a propaganda deles é interessante”, postou.
Em uma outra mensagem, o dono do Twitter afirmou que o feed do perfil do jornal era como “diarreia” e que não dava para ler.
“Teriam muito mais seguidores se postassem somente suas reportagens principais. O mesmo vale para todas as publicações”, aconselhou. O jornal possuía quase 55 milhões de seguidores no Twitter até este domingo.
A retirada do selo azul gratuito de verificação foi mais uma medida polêmica de Musk. O selo era distribuído a pessoas notáveis na música, esporte, imprensa e em outras categorias.
A verificação paga é um símbolo do comando de Musk, que já chamou o sistema antigo de “uma m****”” e ressaltou a necessidade da empresa gerar novas fontes de renda.