Nesta quarta-feira, 5, o programa Pânico recebeu o cantor Roger Moreira. Em entrevista, ele falou sobre o sucesso da banda Ultraje a Rigor e de sua relação com a classe artística brasileira. “Não tenho mais contato com quase ninguém. A gente se encontrava muito em programas de TV, Chacrinha, que ia todo mundo. Saía mais à noite. Eu vejo que tem essa divisão, gente que me bloqueia até no Twitter ou evita o contato. Eu não estou de mal. Principalmente no Rio, é muito mais evidente. No Rio, a zona sul é pequena, um meio provinciano. Você vê a influência da Rede Globo ali. Tem muito isso de ser amigo do rei, não ser excluído da turminha, da patota”, descreveu. “A gente [Ultraje a Rigor] não está mais lançando discos, mesmo quando a gente lançava não era muito de fazer esse tipo de coisa. Sempre tem um cara que entende de rock e o cara sempre é esquerdista. Não estamos decadentes, nós simplesmente mudamos de ramo, como um monte de gente mudou. A fila anda, não tem mais mercado para o que a gente fazia. Sou músico, trabalho como músico há 40 anos. Para mim, continuo na boa”, garantiu.

Nas redes sociais, Roger Moreira ficou conhecido por seus comentários sobre a política nacional. Ele afirma que não é bolsonarista, mas tem “nojo” dos governos petistas e divide a opinião de quem o acompanha. “Claro que tem gente que entende, gosta e curte, mas tem os invejosos. Sempre vai ter e agora eles têm voz. No começo eu não tinha essa intenção, mas fui percebendo o que estava acontecendo e estudei. Em 2016, meti o pau no Barba [Lula] e comecei a sofrer esses ataques direcionados”, explicou o cantor. No ano citado, quem comandava o país era Dilma Rousseff, aliada de Lula, a quem ela tentou nomear ministro da Casa Civil — o STF a impediu. “Achei que era normal falar mal do governo, mas vi que não era qualquer governo. Outras pessoas foram me falando e fui ficando com cada vez mais nojo. Meu lance é contra o PT. É o fim do caminho. O pessoal que apoia o PT acredita em uma coisa que é óbvia, que não acontece. Ou estão pelo lado de quem vai ganhar alguma coisa ou porque são muito burros”, concluiu.