A ministra da Saúde, Nísia Trindade, compareceu a uma audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados para esclarecer o motivo pelo qual enviou R$ 51 milhões a mais do que o previsto para o município de Cabo Frio, no Rio de Janeiro. O valor originalmente destinado ao município era de pouco mais de R$ 4 milhões, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União. A pergunta foi feita pela deputada Rosângela Moro (União-SP) durante a sessão, que contou com a presença de diversos parlamentares. Os petistas defenderam a ministra, que foi alvo de críticas por parte de deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Osmar Terra (MDB-RS). O policial civil acusou Nísia de ser defensora do aborto, sem apresentar provas. Já o gaúcho chegou a falar em “padrão Cabo Frio” para se referir à verba que, na visão dele, deveria ser enregue a todas as cidades no combate à dengue.

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Nísia Trindade argumentou que Cabo Frio é o 14º município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro e estava carente de assistência na área da saúde. Ela mencionou outros municípios que também tiveram o teto de repasses elevado, como Magé, São Gonçalo e Duque de Caxias. Estes últimos são administrados por prefeitos ligados ao bolsonarismo, conforme destacou Lindbergh Farias (PT-RJ) durante a audiência. A ministra respondeu ainda que os repasses foram feitos de “forma republicana” e que não houve nada de extraordinário em relação à cidade fluminense. Ela também contestou a notícia sobre a queda nos recursos para as campanhas contra a dengue. “A notícia é falsa e nós contestamos imediatamente. Os valores destinados à campanha para a dengue são R$ 50 milhões, maiores que os R$ 32 milhões relativos ao período de 2022.”

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA