Após semanas de pressão, a ministra da Saúde, Nisia Trindade, anunciou nesta segunda-feira (8), novas ações para reduzir a espera por exames e consultas especializadas no SUS (Sistema Único de Saúde). O anúncio foi feito ao lado do presidente Lula. Nisia vinha sobrendo há semanas pressão de fora e de dentro do próprio governo. EM março ela chegou a levar um ‘bronca’ do mandatário e foi criticada por não dar a devida publicidade para os programas e entregas da pasta. O Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF) foi prometido para o segundo semestre do ano passado, mas seu lançamento sofreu atraso. A expectativa era de fosse anunciada a segunda etapa do Programa Nacional de Redução de Filas (PNRF), lançado no começo de 2023 com foco inicial nas filas de cirurgias eletivas.

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Os gestores locais terão até o dia 16 para aderir à ação e enviar um plano de ação regional até o dia 20 deste mês. A partir de 1º de junho, serão firmadas parcerias com prestadores de saúde da rede privada para ampliar a oferta de procedimentos, com início previsto para 1º de julho. De acordo com Nísia, o fluxo será “focado na necessidade do paciente e não nos procedimentos”, com o objetivo de “redução do tempo de espera e do número de lugares que o paciente tem que ir”. O programa priorizará OCIs focadas em tipos de câncer e especialidades como cardiologia, otorrinolaringologia e oftalmologia.

A ministra, contudo, não informou como esse novo fluxo de atendimento será implantado, qual é a meta de redução do tempo de espera para exames e consultas nem o número de procedimentos extras (ou de pacientes cuidados) que o ministério pretende alcançar com o Mais Acesso a Especialistas. Contudo, Nísia apresentou o programa Mais Acesso a Especialistas, com atendimentos online, ampliação do horário de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e repasses extras para contratação de espaços na agenda de unidades privadas. O novo modelo de atendimento, chamado de Ofertas de Cuidado Integrado (OCI), visa reduzir o tempo de espera e o número de locais que o paciente precisa visitar.

O setor privado, que responde por 65% dos exames e consultas realizados pelo SUS, será utilizado para fortalecer o programa. O ministério repassará R$ 460 milhões a Estados e municípios para apoiar a transformação digital e a criação de equipes de Saúde da Família. A ministra também destacou a continuação da ação para reduzir filas de cirurgias eletivas, com a meta de realizar 1 milhão de operações por ano até 2026.

*Reportagem produzida com auxílio de IA