Kaká pode ser o substituto de Juninho Paulista como diretor da seleção brasileira, informou o portal “UOL”, nesta quarta-feira, 15. De acordo com a matéria, o ex-jogador “cumpre os requisitos” que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está procurando. No entendimento do comentarista Mauro Cezar Pereira, do Grupo Jovem Pan, a escolha seria um erro da entidade. “É péssimo. O Brasil precisa de uma gestão profissional, não de amigos. Chega de amigos! Sinceramente, não vejo no Kaká nenhuma característica para assumir esse posto. Ele foi gestor em qual lugar? O que ele comandou? Foi um grande jogador e uma pessoa correta, mas não consigo ver nele os predicados necessários para uma pessoa que vai ficar à frente da seleção. Se você pensar bem, o Edu Gaspar, que foi escolhido pelo Tite, era um cara mais qualificado. Não por acaso está no Arsenal, líder do Inglês. A escolha do Kaká me parece mais política. É usar o nome de um atleta que foi melhor do mundo”, declarou durante o programa “Bate-Pronto”.

“Uma pessoa qualificada seria um diretor com conhecimento de futebol, não apenas a seleção brasileira. É conhecer todas as seleções, estar preparado para isso e que conheça todos os processos. É preciso ter critério nas escolhas dos técnicos. Por exemplo, a base do Brasil foi muito tempo o quê? Apenas ex-jogadores, como o Branco. Agora, temos o Ramon na seleção sub-20. O que ele fez para estar lá? Eu acho que não é uma gestão profissional. Se a CBF quiser mudar, o presidente Ednaldo Rodrigues vai precisar buscar gente qualificada. Vou dar um exemplo: o dirigente do Red Bull Bragantino, o Thiago Scuro, é um profissional. Não estou falando que precisa ser ele o novo diretor. Não estou fazendo lobby, mas ele é profissional. Não tem a marca do Kaká, mas é preparado. O que o Cafu fez para ser um gestor de futebol? Ele foi ótimo jogador, levantou a taça e é bacana. É mais um escudo para dirigente. Parece o Dunga, que não havia treinado nenhum clube e assumiu a seleção”, acrescentou Mauro Cezar Pereira.