Numa frase comum do futebol, o São Paulo fez a lição de casa ao vencer o Goiás por 2 a 0 nesta terça-feira (30), no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Mas a lição não teve muito capricho, foi bem burocrática. Agora, o time poderá perder por um gol de diferença para se classificar. O jogo de volta será na próxima quinta-feira, em Goiânia. O time ficou devendo porque enfrentou o 9º colocado da Série B do Campeonato Brasileiro. Além disso, o rival jogou com dez desde os 35 minutos da etapa inicial. Ou seja: o São Paulo poderia ter resolvido o confronto no Morumbi.
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O roteiro de ‘ataque contra defesa’ já estava previsto antes de o jogo começar. Estava na cara que o Goiás ia tentar se defender, truncar o jogo e explorar os contra-ataques. O time da casa, por sua vez, sabia que ia precisar atacar, furar o bloqueio e fazer uma boa diferença de gols para se sustentar na volta, na semana que vem.

Mesmo com tudo previamente definido, o São Paulo teve dificuldades para criar alternativas. Lento na troca de passes e escolhendo sempre o meio, a equipe ficou com a bola, mas foi pouco efetivo. Não consegui colocar dentro de campo a diferença técnica entre os elencos. Faltava velocidade e movimentação dos jogadores. O time da casa sabia da arapuca, mas mesmo assim se viu preso.

A escalação era próxima da ideal. Arboleda, Luciano e Ferreira voltaram após começarem no banco diante do Fortaleza; Lucas, protagonista dos últimos jogos, também retornou após cumprir suspensão no Ceará. Mesmo com essas peças, as chances de gol foram raras.

O time só conseguiu ameaçar o gol rival depois que Marcão foi expulso aos 35 da etapa inicial por causa de uma falta feia em Luciano. Lance de interpretação. Com um a mais, o São Paulo ensaiou um sufoco. Aí, a angústia do torcedores mudou: agora, os torcedores viam as chances serem criadas, mas lamentava tamanha falta de pontaria.

Aos 35, Lucas errou o alvo perto da marca do pênalti após cruzamento de Ferreirinha. Gol perdido. No final do jogo, Luciano acertou um voleio que passou por cima, com perigo. Belo lance. Nos últimos minutos do primeiro tempo, Calleri demorou para finalizar e David Braz salvou quase em cima da linha.

Toda a dificuldade do primeiro tempo virou pó com um minuto. Zubeldía centralizou Lucas e escalou Erik no lugar de Bobadilla. Era uma opção de velocidade pelos lados. No primeiro lance, Erik cruzou, Calleri perdeu outra chance e Luciano marcou. É o artilheiro do time com 13 gols.

Erik foi bem não só no lance do gol. Deu mais mobilidade para o ataque, buscou espaços e finalizou. A atuação mais dinâmica da equipe foi decisiva para que o time buscasse uma vantagem maior. A saída foi o chute de fora: Luiz Gustavo chutou forte e Calleri fez no rebote aos 34.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 x 0 GOIÁS

SÃO PAULO – Rafael; Rafinha (Igor Vinícius), Arboleda, Alan Franco e Welington (Nestor); Luiz Gustavo, Bobadilla (Erik), Lucas, Luciano (Liziero) e Ferreira (André Silva); Calleri. Técnico: Luís Zubeldía.

GOIÁS – Tadeu; Lucas Ribeiro, David Braz e Messias; Wellington (Luiz Henrique), Marcão, Diego Caito, Sander e Thiago Galhardo (Nathan); Paulo Baya e Welliton Matheus (Matheus Gonçalves). Técnico: Márcio Zanardi.

GOLS – Luciano, 1 minuto e Calleri aos 34 do segundo tempo.

CARTÃO AMARELO – Calleri.

CARTÕES VERMELHOS – Marcão e Luciano.

ÁRBITRO – Jonathan Pinheiro (RS).

PÚBLICO – 45191 pagantes.

RENDA – R$ 2.244.888,00.

LOCAL – Morumbi, em São Paulo (SP).

*Com informações do Estadão Conteúdo
publicado por Tamyres Sbrile