Em entrevista logo após o empate com o Vitória por 2 a 2, o atacante Gabigol não hesitou em criticar a gestão do Flamengo. Durante a conversa, ele afirmou que este foi realmente sua despedida do Mengão, como já havia anunciado, aproveitando a pergunta de jornalistas para cutucar a direção rubro-negra: “Eu tenho palavra, diferente de outras pessoas”. Ele não citou nomes, mas seu abraço em Marcos Braz, diretor de futebol, dá entender que o alvo de sua insatisfação é o presidente Rodolfo Landim. Gabriel ganhou uma placa do mandatário antes de a partida começar e o cumprimentou cordialmente, mas evitou tirar fotos. “Meus pais me criaram como homem, e acho que a coisa mais honrosa do homem é ter palavra. Não tiveram palavra comigo, mas minha palavra é mantida, eu não vou ficar.”

Gabigol também aproveitou a oportunidade para expressar seu afeto pela torcida rubro-negra, agradecendo pelo apoio que sempre recebeu. Ele enfatizou que sua dedicação em campo sempre foi voltada para os torcedores, que são uma parte fundamental de sua trajetória no Flamengo. O atacante demonstrou um forte vínculo emocional com a torcida. “O que importa mesmo é o que as ruas falam, tenho certeza que quando eu andar na rua, daqui a 15 anos ou daqui a 15 minutos, eu vou ser idolatrado, vou ser amado. O que me importa é a torcida, sempre joguei por eles. Foi paixão à primeira vista, no primeiro dia em que eu pisei no Maracanã senti algo que acho que nunca mais eu vou sentir na minha vida.”

Apesar de sua decisão de não permanecer no Flamengo, Gabigol não descartou a possibilidade de um retorno no futuro. Ele mencionou que voltar ao clube seria um sonho e que trocou promessas com Marcos Braz. “Ele sabe o que eu prometi a ele, e eu sei o que ele prometeu a mim. Então acho que um dia eu volto”, disse o atacante. Logo depois, ele deu um abraço no diretor. Braz afirmou que a relação com o jogador foi de “tapas e beijos” e, sobre a briga de Gabigol com Landim, afirmou que “o tempo corrige muita coisa”.

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Em seu último jogo em vermelho e preto, Gabigol marcou pela última vez com a camisa do Flamengo — pelo menos até a hipotética volta. Ele deixa o clube com 307 jogos, 162 gols e 13 títulos. “Acho que foi uma passagem histórica. Cheguei aqui um menino, e acho que hoje é o dia em que me torno imortal. Daqui a pouco vou ter 30, 40 anos… 90… E não vou mais estar na Terra, mas o meu nome vai estar aqui para sempre. Quando falarem de Flamengo vão falar de Gabriel, e quando falarem de Gabriel vão falar de Flamengo. Hoje se encerra um ciclo, virei uma lenda”, disse o ídolo do Mengão.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA