Horas depois da TUP, torcida organizada do Palmeiras, divulgar uma nota cobrando a diretoria alviverde por apoio à família de Gabriela Anelli, o pai da jovem de 23 anos que morreu após ser atingida por estilhaços de uma garrafa no sábado, confirmou o distanciamento do clube do caso. De acordo com o pai de Gabriela, o avô dela de 83 anos gostaria de prestar uma homenagem à neta nesta quinta-feira, 13, indo ao jogo de Palmeiras x São Paulo, pela Copa do Brasil, mas o clube não cedeu ingressos. “Eu comprei o meu ingresso, comprei o dela [mãe de Gabriela], do meu filho eu não consegui e um conhecido de organizada doou e eu tive um pedido de última hora, que a gente se comoveu, que foi do meu pai. Eram 14h minha irmã disse que meu pai queria ir ao jogo, mas eu não tinha ingresso. Através de um contato com o Palmeiras, eu falei ‘poxa, vou tentar’. Eu expliquei a situação, ele nunca veio aqui, eu perguntei se de repente tinha uma cadeira pra ele, e a resposta que tive foi um não, não temos condições”, revelou em conversa com o repórter da Jovem Pan, Pedro Marques, no pré-jogo.

O pai de Gabriela deixou claro que não quer nenhum favorecimento ou se aproveitar da situação para ganhar entradas grátis. “É um assunto delicado de falar, infelizmente eu tenho que falar, não o Palmeiras, porque ele é maior do que quem dirige ele, mas eles deixaram muito a desejar”, explicou. A família da torcedora ainda deixou claro que não tirou nenhum dinheiro do bolso para arcar com os custos de velório e enterro, tudo foi bancado pela organizada, que ele não quis dizer o nome. Em contato mais cedo com a assessoria do Palmeiras, a equipe disse que não irá se manifestar sobre o caso, mas a reportagem da Jovem Pan apurou que o clube enviou representantes e uma coroa de flores ao velório de Gabriela, além de pedir à CBF autorização para promover uma homenagem no telão antes do clássico desta quinta-feira.