Pesquisadores identificaram que a morte de três capivaras na Ilha Anchieta, localizada em Ubatuba, São Paulo, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, foi provocada por encefalite decorrente do vírus da raiva. Antes de falecer, duas das capivaras apresentaram paralisia nas patas traseiras. O estudo, que foi publicado na revista Veterinary Research Communications e contou com o apoio da Fapesp, revelou que a variante do vírus encontrada nos animais é idêntica àquela que circula entre morcegos-vampiros.

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A redução da fauna silvestre, em decorrência do desmatamento, leva os morcegos a procurar novos hospedeiros, o que eleva o risco de transmissão da raiva. As capivaras que morreram foram encontradas por funcionários da Fundação Florestal, que enviaram amostras dos cérebros dos animais ao Instituto Pasteur, onde a presença do vírus foi confirmada.

Historicamente, o único registro de raiva em capivaras no Brasil ocorreu em 1985, enquanto no mundo, um caso foi documentado no norte da Argentina em 2009. Embora não existam relatos de transmissão do vírus da raiva para humanos a partir de capivaras, mordidas desses animais podem resultar em ferimentos significativos.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias