Em votação realizada na segunda-feira, 17, conselheiros do São Paulo FC optaram por absolver o conselheiro Rodrigo Gaspar, acusado de uso indevido de capital do clube em viagem à Europa feita em 2020, conforme revelou reportagem da Jovem Pan. O relatório votado, que pedia punição a Rodrigo, foi apresentado pelo Conselho de Ética do Tricolor Paulista após um processo investigativo feito pelo Conselho Fiscal referente à uma viagem feita em setembro de 2019, dos dias 20 a 27 de setembro, por dois membros da gestão do ex-presidente Leco: Elias Barquete Albarello, na época diretor executivo financeiro do clube, e Rodrigo Roquette Gaspar, na época diretor administrativo do clube e atual membro do Conselho Deliberativo.
A votação foi realizada de maneira online e o voto de cada conselheiro é secreto. O item A, que envolvia condenar o conselheiro com a sanção de 30 dias de suspensão, recebeu 132 votos desfavoráveis, 97 votos favoráveis e 10 abstenções. O item B, que buscava condenar Rodrigo Gaspar com sanção de 240 dias de suspensão, recebeu 137 votos desfavoráveis, 89 votos favoráveis e 13 abstenções. Por fim, o item C, que buscava declarar a perda de mandato de Rodrigo Gaspar e o tornar inelegível por sete anos e seis meses, teve 161 votos desfavoráveis, 65 votos favoráveis e 13 abstenções. Ao todo, 239 conselheiros participaram do processo de votação – 19 optaram por não participar.
Procurado pela reportagem do Grupo Jovem Pan, Rodrigo Roquette Gaspar preferiu não se manifestar. Com a negativa do relatório, Rodrigo segue exercendo seu papel no Conselho Deliberativo do São Paulo FC.
Entenda o caso
O Conselho Deliberativo do São Paulo FC levou à votação um relatório, feito pelo Conselho Fiscal, que investigava uma viagem feita em setembro de 2019, dos dias 20 a 27 de setembro, por dois membros da Gestão Leco: Elias Barquete Albarello, o então diretor executivo financeiro do clube, e Rodrigo Roquette Gaspar, então diretor administrativo do clube e atual membro do Conselho Deliberativo. Os destinos foram as cidades Madrid e Barcelona (Espanha), além de Lisboa (Portugal). A representação classificou a viagem como “passeio e excursão” com gastos suportados pelo clube e buscava condenar Rodrigo Gaspar, atualmente conselheiro do Tricolor Paulista, a 240 dias de suspensão, além de declarar sua perda de mandato e o tornar inelegível por 7 anos e 6 meses. Elias Albarello, por sua vez, deixou o cargo no Conselho Deliberativo do São Paulo FC ainda em 2019 e não participou da votação.