Parlamentares da bancada evangélica estão exercendo pressão sobre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva para que uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia os benefícios fiscais para igrejas e instituições religiosas seja aprovada. O Ministério da Fazenda, no entanto, pretende postergar a votação até que um pacote de contenção de gastos seja apresentado. A PEC, de autoria do deputado Marcelo Crivella, prevê a isenção de impostos na compra de bens e serviços essenciais para o funcionamento de entidades religiosas e suas organizações assistenciais. Crivella destacou que a proposta conta com o apoio do presidente Lula, que busca estreitar laços com os evangélicos, um grupo que, em sua maioria, apoiou Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O governo deve orientar seus membros a votarem a favor da proposta, enquanto a bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) permitirá que seus integrantes decidam individualmente sobre a votação. Essa estratégia pode influenciar o resultado, considerando a relevância do apoio evangélico na política atual. Entretanto, o Ministério da Fazenda expressa preocupações em relação à extensão das isenções e ao impacto financeiro que a medida pode causar. A aprovação da PEC está condicionada à regulamentação da reforma tributária que está em discussão no Congresso, o que pode complicar ainda mais a situação.