Clubes de futebol brasileiros manifestaram sua oposição à proposta de Reforma Tributária, levantando preocupações sobre os possíveis efeitos nos investimentos e na saúde financeira das instituições. O Botafogo, que recentemente conquistou a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro, alertou que as alterações podem prejudicar o modelo de gestão das chamadas “clubes-empresa”, afastando potenciais investidores e gerando repercussões negativas em diversas áreas. Os dirigentes enfatizam que a reforma pode impactar diretamente o planejamento esportivo, afetando investimentos em categorias de base, melhorias em estádios e a contratação de novos atletas. Para as equipes menores, que dependem fortemente de investidores, o aumento dos custos pode ser especialmente danoso, comprometendo sua sustentabilidade.
A nota divulgada pelos clubes ressalta que a criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) possibilitou a implementação de um modelo empresarial na gestão do futebol. Em um período inferior a três anos, 95 clubes se transformaram ou foram fundados como SAFs, e atualmente, cerca de 40% das equipes da Série A operam sob esse formato. A legislação que regulamenta as SAFs estabelece um Regime de Tributação Específica do Futebol (TEF), que exige que 5% das receitas sejam recolhidos mensalmente. No entanto, um relatório que está sendo debatido na Câmara dos Deputados sugere a manutenção da alíquota de 8,5% para as SAFs, o que tem gerado ainda mais apreensão entre os clubes.