A cidade de São Paulo volta a se preocupar com o avanço das arboviroses. Só neste ano de 2023, foram registrados mais de três mil casos de dengue na capital paulista, número 52% mais alto que no mesmo período de 2021. Os dados são da coordenadoria de vigilância, órgão ligado à Secretaria Municipal da Saúde. Segundo a prefeitura, os principais motivos para alta nos casos de dengue, zika e chikungunya são o calor e as fortes chuvas, fatores favoráveis ao mosquito transmissor das doenças. O último recorde da dengue em São Paulo foi registrado em 2016, ano de explosão de casos em todo o Brasil. Naquele ano, mais de nove mil pessoas testaram positivo apenas entre janeiro e o começo de abril na capital paulista.

Para tentar reduzir as estatísticas, a prefeitura começou a instalar nesta quarta-feira, 12, armadilhas de autodisseminação de larvicidas, capazes matar larvas em um entorno de 400 metros quadrados. A medida é eficaz contra a fêmea do mosquito Aedes aegypti, que é atraída para um dispositivo plástico para ingerir o veneno e fungos. Serão distribuídas 20 mil unidades dos larvicidades pelas seis cordenadorias regionais de saúde: Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. O custo para o contrato de 12 meses dos itens de combate ao problema é de quase R$ 9 milhões. Em nota, o Ministério da Saúde informa que todos os Estados estão abastecidos com, pelo menos, três tipos diferentes de inseticidas, que servem como forma de combater o mosquito.

*Com informações da repórter Letícia Miyamoto